Petrobras aumenta produção de óleo e gás e atinge recordes em campos do pré-sal no 1º trimestre de 2022
Fator de utilização de refinarias da companhia chegou a 91% no fim de março
A Petrobras manteve ao longo do primeiro trimestre de 2022 uma sólida performance operacional com um aumento de 3,4% na produção média de óleo, LGN e gás natural em relação ao quarto trimestre de 2021. A empresa atingiu a marca de 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no primeiro trimestre de 2022. Este resultado se deu, principalmente, em razão da crescente produção (ramp-up) dos FPSOs Carioca (campo de Sépia) e P-68 (campos de Berbigão e Sururu), localizados no pré-sal da Bacia de Santos, e da entrada em operação de novos poços no pós-sal na Bacia de Campos. A produção no pré-sal bateu recorde mensal em janeiro de 2022, com 2,06 milhões de barris de óleo equivalente por dia; e recorde trimestral, 2,03 milhões de boed. Esse volume representa 72% da produção total da Petrobras, ante 71% no 4T21.
A Petrobras também alcançou 91% de fator de utilização total (FUT) do parque de refino na última semana de março de 2022. O FUT no primeiro trimestre do ano foi de 87%, mantendo-se no patamar elevado observado no quarto trimestre de 2021 e cinco pontos percentuais mais alto que o registrado no mesmo período em 2021, quando houve paradas de unidades relevantes. O FUT do refino considera o volume de carga de petróleo efetivamente processado e a carga de referência das refinarias, ou seja, a capacidade máxima de operar, respeitando os limites de projeto dos equipamentos, os requisitos de segurança, de meio ambiente e de qualidade dos derivados produzidos, além da racionalidade econômica das decisões de produção, com foco em geração de valor. “A Petrobras está produzindo o máximo possível dentro de condições seguras, sustentáveis e econômicas. A definição do nível de utilização é uma decisão técnica e econômica, que leva em conta a demanda dos clientes da Petrobras, as alternativas globais de suprimento e preços de petróleo e derivados, diferentes configurações e limites de operação e a necessidade de paradas de manutenção das unidades de refino, entre outros fatores”, destaca Rodrigo Costa, diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras.
Neste primeiro trimestre de 2022, foi destaque a continuidade do ramp-up do FPSO Carioca, alcançando média trimestral de produção operada de 127 mil bpd, confirmando o bom desempenho dos poços e da plataforma.
Vale destacar a conclusão das atividades de interligação do FPSO Guanabara, cujo início da operação está previsto para maio, no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. A plataforma, a primeira definitiva do campo, tem capacidade para processar até 180 mil barris de óleo e 12 milhões de m3 de gás, com reinjeção total do gás excedente ao consumo próprio. Na primeira fase, serão interligados 6 poços produtores e 7 poços injetores ao FPSO. Mero é o terceiro maior campo de petróleo do pré-sal, atrás apenas de Búzios e Tupi.
“O FPSO Guanabara é a unidade de produção de petróleo mais complexa a operar no Brasil. A implementação de um projeto com essa tecnologia é resultado de mais de uma década de aprendizado no pré-sal e da atuação integrada entre a Petrobras, parceiros e fornecedores. O projeto foi concebido visando aliar capacidade produtiva, eficiência e redução de emissões de gases de efeito estufa”, ressalta João Henrique Rittershaussen, diretor de Desenvolvimento da Produção da Petrobras.
Outros destaques do trimestre:
• Recorde de 56% de participação de diesel S-10 na produção total de diesel, em linha com a orientação estratégica de foco em produtos mais limpos e de maior valor agregado, em sintonia com a demanda do mercado. A participação do diesel S-10 nas vendas totais de diesel alcançou o recorde trimestral de 58%, tendo atingido participação recorde mensal de 59% em fevereiro de 2022.
• Novo recorde de processamento de óleo pré-sal no 1T22, que representou 65% da carga processada no trimestre. No mês de fevereiro foi atingido 66% do volume processado. A capacidade de processamento de óleos do pré-sal vem se expandindo com investimentos no parque de refino da companhia, garantindo maior flexibilidade operacional e logística.
• Início da produção de dois novos poços no campo de Roncador, na Bacia de Campos, em 9 de março. Os dois poços adicionaram uma produção de 18 mil boed. Uma série de 18 poços está prevista para interligação a plataformas em produção, representando um marco importante no desenvolvimento complementar de Roncador. A Petrobras é a operadora do consórcio (75% de participação) juntamente com a Equinor (25% de participação) desde 2018, quando iniciaram a parceria estratégica para aumento do fator de recuperação de petróleo deste campo.