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FPSOs: o novo modelo de negócios

A indústria de FPSOs no Brasil está vivenciando um período de expansão notável, com a adição de oito novas unidades nos últimos meses, solidificando ainda mais a posição do Brasil como um líder global no setor de produção offshore.

Esta expansão reflete o compromisso do país em aumentar sua capacidade de produção de petróleo, bem como sua capacidade de atrair investimentos significativos no setor de energia.

Só a Petrobras pretende colocar em operação 14 novas plataformas de produção de petróleo e gás natural nos próximos 5 anos.

O pacote faz parte do Plano Estratégico 2024-2028 da estatal e que totaliza US$ 102 bilhões em investimentos gerais. A empresa afirmou ainda que “está sendo construída uma nova geração de plataformas, mais modernas, mais tecnológicas, mais eficientes e com menores emissões”.

Vamos dar uma olhada mais de perto nessas oito unidades, cinco das quais já estão operacionais e três que estão a caminho:

Unidades em operação:

P-71 (PETROBRAS)


(Foto: Divulgação)

A P-71 é um navio-plataforma do tipo FPSO (sistema flutuante que inclui produção, armazenamento e transferência) e é a última unidade da série de seis plataformas replicantes da Petrobras, construídas a partir de um projeto de engenharia direcionado à operação no pré-sal.

A plataforma tem capacidade para processar, diariamente, até 150 mil barris de petróleo e 6 milhões de m³ de gás, além de armazenar até 1,6 milhão de barris de óleo.

FPSO ANNA NERY (YINSON)

(Foto: Divulgação)

A unidade Anna Nery do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, da sigla em inglês) em conjunto com a Anita Garibaldi, também FPSO, compõe o primeiro grande projeto de revitalização de campos maduros da Bacia de Campos.

A implantação desses dois novos sistemas de produção, adequados ao formato de explotação de campos maduros, proporciona a continuidade operacional dos campos de Marlim e Voador, ampliando a produção para a média de 150 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), com manutenção de empregos e serviços de apoio, além de abrir uma importante frente de aprendizados e conhecimentos para outros projetos de revitalização.

O FPSO Anna Nery está ancorado em profundidade de água de 927 metros e interligado a 32 poços, com pico de produção previsto para 2025. O projeto de revitalização de Marlim e Voador contribuirá para a recuperação da produção da Bacia de Campos, atualmente em cerca de 560 mil boed. A projeção para a produção da bacia é de 900 mil de boed em 2027.

O nome da plataforma é uma homenagem à enfermeira baiana Anna Justina Ferreira Nery, que viveu entre 1814 e 1880 e é considerada pioneira no serviço de enfermagem no Brasil. Anna Nery atuou como enfermeira no atendimento a soldados brasileiros que lutaram na Guerra do Paraguai.

FPSO ALMIRANTE BARROSO MV32 (MODEC)


(Foto: Divulgação)

O FPSO Almirante Barroso foi o 15º navio FPSO que a MODEC entregou para o setor brasileiro de petróleo e gás e o oitavo para a região do pré-sal. A empresa foi responsável por sua engenharia, aquisição, construção e mobilização, incluindo equipamentos de processamento de topsides, bem como sistemas marítimos e de casco. A SOFEC, empresa do grupo MODEC, projetou e forneceu o sistema de amarração espalhada do FPSO.

Ancorado a cerca de 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, em lâmina d’água de aproximadamente 1.900 metros, o FPSO é capaz de processar 150 mil barris de petróleo bruto por dia e 6 milhões de m3 de gás por dia. Esta é a quinta plataforma a entrar em operação no campo de Búzios, onde já estão em produção as unidades P-74, P-75, P-76 e P-77.

FPSO ANITA GARIBALDI MV33 (MODEC)


(Foto: Divulgação)

O navio-plataforma Anita Garibaldi foi construído pela MODEC e opera em conjunto com o FPSO Anna Nery – As unidades fazem parte do projeto de revitalização da Bacia de Campos. Juntas, as duas plataformas podem produzir até 150 mil barris de petróleo por dia (bpd) e processar até 11 milhões de metros cúbicos de gás. Juntas, essas unidades substituem nove plataformas que anteriormente operavam em Marlim e Voador e que serão desativadas. Com a diminuição do número de plataformas em operação nos dois campos, haverá a redução de mais de 50% das emissões dos gases de efeito estufa.

O plano de revitalização dos campos de Marlim e Voador, aliado a projetos de desenvolvimento suplementar e revitalização de outros campos, terá um papel crucial no incremento da produção na Bacia de Campos. A expectativa é elevar a produção dos atuais 565 mil barris de óleo equivalente por dia para 920 mil barris diários até o ano de 2027.

FPSO SEPETIBA (SBM OFFSHORE)


(Foto: Divulgação)

A Petrobras colocou em produção no dia 31 de dezembro de 2023 o navio-plataforma Sepetiba, no Campo de Mero, bloco de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos.

Esse é o terceiro sistema de produção de Mero, com capacidade para produzir até 180 mil barris de óleo e comprimir até 12 milhões de metros cúbicos de gás, tudo isso diariamente. A plataforma é do tipo FPSO, ou seja, é uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, da sigla em inglês.

O FPSO Sepetiba faz parte de um sistema de produção que inclui a perfuração e a preparação do poço para a produção (completação) de oito poços produtores e oito poços injetores de água e gás que estão sendo interligados à unidade.

Mero produz diariamente cerca de 230 mil barris de óleo e 15 milhões de m3 de gás. Trata-se de um campo unitizado, operado pela Petrobras (38,6%), em parceria com a Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNPC (9,65%), CNOOC (9,65%) e Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) (3,5%), como representante da União na área não contratada.

Unidades a Caminho:

FPSO ATLANTA (YINSON):


(Foto: Divulgação)

Este projeto reflete a diversificação e o fortalecimento da indústria offshore brasileira, com a ENAUTA aumentando sua presença.

O FPSO Atlanta foi adequado à produção do óleo do Campo de mesmo nome e conta com capacidade de processamento de até 50 mil barris de óleo e 140 mil barris de água por dia, e de estocagem de 1,6 milhão de barris de petróleo. O navio também terá um processo eficiente de gestão de carbono, o que reduzirá significativamente as emissões de gases que provocam o efeito estufa. O investimento total nesta fase 1 do Sistema Definitivo de Atlanta foi de US$ 1,1 bilhão.

A Enauta e a Yinson Production firmaram o acordo para construção do navio em 2022. Em julho do ano passado, a Yinson Production exerceu sua opção de compra do FPSO Atlanta. O exercício da opção deu início a vigência dos contratos de afretamento, operação e manutenção por 15 anos com possibilidade de extensão por cinco anos adicionais, totalizando um contrato de 20 anos com valor de US$ 2 bilhões.

FPSO MARECHAL DUQUE DE CAXIAS (MISC):

                                                                                                                             (Foto: Divulgação)

A entrada da MISC no mercado brasileiro com este FPSO destaca a atração global do Brasil como um centro de produção de petróleo offshore.

A unidade, afretada pela Petrobras junto à MISC, fará parte do 3º sistema de produção definitivo de Mero e aumentará a capacidade instalada de produção do campo para 590 mil barris diários de petróleo. Esse sistema de produção prevê a interligação de 15 poços à unidade, 8 produtores de óleo e 7 injetores de água e gás, por meio de uma infraestrutura submarina composta por 80 km de dutos rígidos de produção e injeção, 47 km dutos flexíveis de serviços e 44 Km de umbilicais de controle.

A plataforma, do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, da sigla em inglês), será interligada ao equipamento HISEP, que fará a separação do óleo e do gás no fundo do oceano, de onde fará a reinjeção do gás rico em CO2, de forma pioneira. O HISEP, tecnologia patenteada pela Petrobras, tem o potencial de aumentar a produção e desafogar a planta de processamento de gás da superfície, ao mesmo tempo em que reduz a intensidade das emissões de gases de efeito estufa. O FPSO possui outras tecnologias para diminuição de emissões como, por exemplo, a CCUS (Carbon Capture, Utilization and Storage), onde o gás rico em CO2 é reinjetado no reservatório.

FPSO MARIA QUITÉRIA (YINSON):

(Foto: Divulgação)

O FPSO Maria Quitéria foi convertido a partir de um Very Large Crude Carrier de 309.000 ton. Tem capacidade para processar 100.000 barris por dia de petróleo e 5 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, com capacidade de armazenamento de 1 milhão de barris.

O projeto de revitalização do Parque das Baleias visa conectar 17 poços ao novo FPSO, compreendendo nove produtores de petróleo e oito injetores de água, por meio de infraestrutura submarina composta por dutos flexíveis, umbilicais e árvores de natal submarinas.

Cada uma dessas unidades é um testemunho do ambiente dinâmico e das oportunidades crescentes dentro do setor de petróleo e gás no Brasil. Elas não apenas aumentam significativamente a capacidade produtiva do país, mas também trazem inovações tecnológicas e impulsionam o desenvolvimento econômico local. A presença dessas unidades amplia a expertise técnica disponível no Brasil, promove o desenvolvimento de novas soluções para desafios de produção em águas profundas e reafirma o papel do Brasil como um líder mundial em tecnologia FPSO e exploração offshore.

2ª Edição do Maior evento sobre FPSOs do Brasil

O mercado de FPSOs está aquecido e em expansão, à crescente demanda de projetos no país impulsiona a realização da 2ª edição do evento: Brasil – Epicentro Global de FPSOs, no Rio de Janeiro – que acontece nos dias 17 e 18 de junho de 2024. O evento contará com os principais tomadores de decisão que se reúnem para impulsionar a atividade e apoiar a transformação digital dos FPSOs enquanto reduz a pegada de carbono. À medida que a maré do progresso se eleva, sua organização pode ser a onda que impulsiona a inovação na indústria de FPSOs.

Venha iluminar o caminho conosco e ser uma parte integral de um evento marcante e alinhe sua marca aos líderes e pioneiros do setor.

Prepare-se para discussões aprofundadas, troca de conhecimentos e networking inestimável.

Garanta a sua participação! Será um prazer receber você neste evento memorável.

📅 Data: 17 e 18 de junho de 2024
🎯 Conferência: 9h às 18h (Faça sua inscrição, nos links abaixo.)
🎯 Exposição: 12h às 20h (Acesso:  Livre para profissionais do setor.)
📍 Local: EXPO MAG, Rio de Janeiro

🔗 Seja um Patrocinador: patrocinio@fpsosexpor.com.br
🔗 Seja um Expositor: expositor@fpsosexpor.com.br
🔗 Faça sua inscrição para a Conferência (Mercado Pago): https://mpago.la/1xrS9m6
🔗 Faça sua inscrição para a Conferência (SYMPLA): https://lnkd.in/dZJBbk4v

🌐 Acesse o site do evento: https://lnkd.in/dNN5fDz7

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