P-86 será construída com 20% de conteúdo local, prazo de entrega de propostas é até o dia 8 de abril de 2025
A Petrobras distribuiu no último dia 14/10, o edital de licitação a empresas pré-qualificadas. O prazo de entrega de propostas é o dia 8 de abril do ano que vem e o início da produção é esperado para 2030. Esse é o primeiro edital de aquisição de unidade própria após sucessivas tentativas da empresa de afretar FPSOs.
A Petrobras definiu conteúdo local global de 20% para o FPSO P-86, que vai adquirir para o campo de Marlim Sul, como apurado com fonte do setor. A penalidade pelo descumprimento do percentual mínimo de aquisição é de 33%. A aquisição será na forma de EPC (Engeeniring, Procurement, Construction) e não de afretamento, na contramão do que vinha sendo adotado pela petrolífera até então em suas licitações.
O prazo de recebimento de propostas é o dia 8 de abril de 2025 e a construção deve acontecer em 1.879 dias. O projeto básico é da própria Petrobras e o início da operação está previsto para 2030.
A P-86 é uma das plataformas contratadas pela empresa para o programa de revitalização da Bacia de Campos. A capacidade de processamento diário da unidade será de 140 mil barris de óleo e 7 milhões de m³ de gás, além do tratamento e injeção de 300 mil bpd de água. O gás produzido no local será tratado para exportação ou para utilização na própria unidade.
Essa será a primeira plataforma própria da companhia a operar com sistema de geração de energia com ciclo combinado para a redução de emissões de gases de efeito estufa, de acordo com a Petrobras.
Além disso, o projeto conta com outras tecnologias sustentáveis, como o HC Blanket, que usa gás combustível para inertização dos tanques de carga, o VSD (Acionamento de Velocidade Variável, na sigla em inglês) para acionamento de motores, utilizando o conceito all electric, e uma turbina hidráulica para geração na descarga de água produzida. A expectativa é, com essas tecnologias, reduzir em 25% a emissão de gases de efeito estufa durante a operação da unidade.
O mercado já esperava mudanças no formato de contratação de plataformas pela Petrobras, por conta das dificuldades recentes da empresa para licitar pelo modelo de afretamento. Com a adoção do EPC, novas empresas entram na disputa.
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