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Contagem de sondas de óleo e gás em atividade nos EUA atinge mínima histórica, diz Baker Hughes

O número de sondas de petróleo e gás natural em atividade nos Estados Unidos recuou para uma mínima histórica, de acordo com dados que percorrem 80 anos, à medida que a indústria de energia do país corta produção e custos para lidar com o colapso na demanda por combustíveis em função do coronavírus.

A contagem de sondas, indicador prévio de produção futura, teve queda de 34 na semana até 8 de maio, atingindo a mínima recorde de 374 unidades, segundo dados da empresa de serviços em energia Baker Hughes, cuja compilação teve início em 1940.

A mínima anterior era de maio de 2016, com 404 sondas.

A demanda global por combustíveis caiu em 30%, e as empresas estão promovendo cortes drásticos de custos, com a dispensa de milhares de trabalhadores e a redução de produção para compensar um excesso de oferta mundial. O consumo teve uma leve retomada nas últimas duas semanas, mas a abundância de oferta deve permanecer em cena por mais alguns meses, ou até mesmo anos.

Produtores nos EUA cortaram em média 52 sondas por semana desde meados de março, depois que os preços do petróleo começaram a cair em meio à pandemia de coronavírus e a uma breve guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia.

Nesta semana, foram retiradas de atividade 33 sondas de petróleo, cujo total passou a somar 292, menor nível desde 2009. Também foi cortada uma sonda de gás, com o total atingindo 80, mais baixo nível desde o início da contagem pela Baker Hughes, em 1987.

“A enorme depreciação relacionada ao coronavírus teve início entre meados e o final do primeiro trimestre, impactando bastante as principais áreas de ‘shale’ (petróleo não convencional) dos EUA”, disseram analistas da Enverus Rig Analytics, notando que a contagem de sondas apresentou queda de 38% em abril e de 62% em relação a igual período do ano passado.

Agência Reuters

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