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3R Petroleum negocia aquisição de campo de gás natural da Petrobras

A 3R Petroleum, empresa especializada em campos maduros que tem planos de abrir seu capital na bolsa, entrou em negociação exclusiva com a Petrobras para compra do Polo Peroá, em águas rasas do litoral do Espírito Santo. A informação foi confirmada pelo Valor.

Os campos de Peroá e Cagoá produzem cerca de 900 mil metros cúbicos diários (m3/dia) de gás natural. Se bem-sucedida, a aquisição pode alçar a 3R à condição de um dos maiores produtores privados de gás do país, no contexto da abertura do mercado brasileiro.

A companhia registrou, em setembro, pedido de abertura de capital na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A 3R tem sido uma das empresas mais ativas na aquisição de campos maduros da Petrobras. Em um ano, a petroleira já fez três compras, no valor de US$ 256 milhões – duas delas recentes, ainda não concluídas.

Os ativos terrestres comprados no Rio Grande do Norte (Polo Macau), Ceará (Polo Fazenda Belém) e Bahia (Polo Rio Ventura) alçam a empresa ao posto de maior produtora privada de petróleo em terra no país, ao lado da Petrorecôncavo, com cerca de 5,8 mil barris/dia.
Além disso, a companhia também está comprando a participação da Petrobras no Polo Pescada, em águas rasas do Rio Grande do Norte, onde a empresa já atuava por meio da Ouro Preto Óleo e Gás.

Como parte dos preparativos para o IPO, a 3R passou por uma reestruturação societária. Os ativos da companhia e os da Ouro Preto, vendida por Rodolfo Landim à Starboard este ano, foram reunidos numa só empresa: a 3R Petroleum Óleo e Gás, controlada pela Starboard por meio de diversos fundos que detêm 68,3% da petroleira. DBO Energia (19,2%), BTG (6,55%) e um grupo de investidores individuais (5,95%) completam o quadro acionário – que será diluído com a oferta primária.

A 3R Petroleum é controlada pela Starboard, que atua com reestruturação de empresas em dificuldades, mas que tem apostado em campos maduros de petróleo como um novo negócio. O plano é capitalizar a 3R via mercado de capitais, sobretudo, para financiar novas aquisições.

A proposta da companhia é dedicar 55% dos recursos a serem levantados com o IPO para comprar mais campos maduros. Outros 30% serão usados para pagar as aquisições em curso e 15% para aumento da posição de caixa.

 

Valor Econômico

 

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