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Equinor apresenta tendências para o futuro da energia

A Equinor, uma das maiores operadoras offshore do mundo, com uma atuação crescente em energias renováveis, apresentou para o público brasileiro a mais recente edição do Energy Perspectives, relatório da companhia que traz análises e tendências de mercado, além de perspectivas para o setor de energia no contexto da transição energética.

A apresentação foi conduzida pelo economista-chefe da Equinor, Eirik Wærness, e contou com a participação da presidente da Equinor no Brasil, Veronica Coelho, além de Fernanda Delgado, Pesquisadora e Assessora Estratégica da FGV Energia.

“Na Equinor, temos o propósito de transformar recursos naturais em energia para as pessoas e em progresso para a sociedade. Queremos construir a indústria do futuro fornecendo a energia de que nossas sociedades precisam e contribuindo para a prosperidade das comunidades onde estamos presentes. Nesse sentido, entender as tendências e perspectivas para o mundo nos próximos anos é fundamental para continuar a moldar o futuro da energia também aqui no Brasil”, afirma Veronica Coelho.

A décima edição do Energy Perspectives, da Equinor, descreve como o mundo pode alcançar as metas de clima e sustentabilidade por meio de uma distribuição mais equitativa do crescimento econômico e das contribuições dos países desenvolvidos para ações climáticas e desenvolvimento também em mercados emergentes. Por meio dos cenários “Reforma”, “Competição” e “Reequilíbrio”, o relatório descreve os resultados possíveis para o desenvolvimento da economia mundial, a matriz energética global, a demanda de energia e as emissões de gases de efeito estufa até 2050. “Reequilíbrio” é um novo cenário, incluído nesta edição do relatório, e que descreve como o mundo ainda pode atingir as metas do Acordo de Paris e limitar o aquecimento global a bem abaixo de dois graus Celsius.

“A transição energética está progredindo muito lentamente e ações efetivas são necessárias com urgência para atingir as metas climáticas. Para atingir essas metas, devemos estabelecer um novo equilíbrio nas prioridades entre crescimento econômico, aumento da assistência social e ações climáticas. Uma distribuição global mais equitativa de aumento de assistência social, reconhecendo que uma distribuição de custos é necessária entre os mercados desenvolvidos e emergentes para apoiar a transição energética, descreve um caminho mais confiável para alcançar as metas climáticas e a meta de sustentabilidade da ONU”, disse Wærness.

No cenário “Reequilíbrio”, a premissa de alto crescimento econômico global contínuo em todas as regiões foi alterada. Este cenário mostra um caminho de desenvolvimento em direção a 2050, onde o crescimento econômico acelera nos mercados emergentes, enquanto o crescimento é menor nas economias desenvolvidas. Também mostra que as emissões globais de CO2 relacionadas à energia nunca voltarão ao nível de antes da pandemia de Covid-19 e que a demanda global absoluta de energia será reduzida em 15 por cento em comparação com o nível de 2019.

O cenário “Reforma” é baseado em um desenvolvimento impulsionado pelo mercado e pela tecnologia. Haverá um endurecimento contínuo das políticas climáticas em linha com os compromissos do Acordo de Paris, porém, não será suficiente para atingir as metas climáticas. Os países desenvolvidos são os principais impulsionadores do desenvolvimento, e há um avanço limitado da tecnologia de emissão zero, como captura e armazenamento de carbono, e de novas fontes de energia, como o hidrogênio.

No cenário “Competição”, o relatório assume que a política climática não é suficientemente priorizada e, consequentemente, a transição energética não está ganhando impulso suficiente. Há vários indícios de que o desenvolvimento está caminhando nessa direção. Guerras comerciais, agitação social e política e conflitos políticos regionais com potencial de crescimento são exemplos disso. Neste cenário, essas tendências continuam levando ao protecionismo, autocracia, menos cooperação global, desenvolvimento de tecnologia mais lento e fraco crescimento econômico.

“Não há silêncio sobre a eletrificação de veículos leves no Brasil. Temos soluções mais eficientes como biocombustíveis e motores mais eficientes, por exemplo. Há um limite para a importação de soluções de países ricos, que não leva em consideração nossas características e o poder de compra de nossa população. O Brasil tem a matriz energética que todos os outros países querem ter. Já estamos numa era descarbonizada e vamos avançar na transição energética que podemos fazer, que sabemos fazer com as nossas competências e que se adequa ao orçamento da nossa população.”, comenta Fernanda Delgado.

Equinor

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