Recomendações para alcançar nível adequado de controle de limpeza na filtração hidráulica
Para manter os níveis de controle de limpeza na filtração hidráulica adequados, é preciso seguir as recomendações do manual do equipamento, monitorar o desempenho do filtro, medir a manutenção do nível de limpeza/tempo, usar sensores de saturação de filtros e, caso não seja suficiente, solicitar o apoio do fabricante do filtro. Foi o que afirmou o Eng° Alex Alencar, vice-presidente do setor industrial da Abrafiltros, e especialista em filtração na linha hidráulica há mais de 18 anos, no “Abra Talks”, evento virtual mensal da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais, realizado no dia 11 de março que abordou o tema “Recomendações de níveis de limpeza na filtração hidráulica”.
Segundo Alencar, até a década de 1990, os manuais traziam informações vagas sobre o assunto e não orientavam de modo preciso nem sobre quantos filtros utilizar, qual o tamanho e onde posicioná-los. A partir de 2000, a literatura disponível já especificava que o objetivo a ser alcançado está referenciado ao nível máximo de contaminação conforme normas internacionais como a ISO 4406, NAS 1638 ou SAE 4059. “Deve-se manter o óleo hidráulico ou lubrificante limpo e limitado a um nível máximo conforme ISO xx/yy/zz, NAS x ou SAE x”, comentou.
Ele explicou que as informações sobre os níveis de limpeza também podem ser obtidas em catálogos de fabricantes do componente, bem como em literaturas disponíveis, entre elas, manuais de hidráulica, publicações, aplicativos e recomendações de associações/entidades de classe. Citou como exemplo – estudo e roteiro para determinação do nível de limpeza, elaborado pela British Fluid Power Association (BFPA). “O roteiro conta com sete critérios que atribuem pesos a cada um deles – faixa de pressão e sua variação no ciclo, sensibilidade dos componentes, expectativa de vida útil do equipamento, custo de reparo/reposição do componente, custo de parada da máquina, segurança quanto a risco de acidente e contaminação do ambiente”, disse Alencar, acrescentando: “Depois com a somatória dos pesos, é localizado no gráfico orientativo o nível de limpeza recomendado”.
O evento foi dividido em três etapas, de 30 minutos, Alencar participou da primeira fase. Em seguida, às 9h30, Helvécio Carvalho de Sena, Doutor em Hidráulica – Saneamento Básico pela USP, falou sobre “O uso de filtros para controle de odores”, e às 10h, Maurindo Giovatto Neto, gerente de certificação de produtos do IQA – Instituto de Qualidade Automotiva, apresentou o tema “A Qualidade no Setor Automotivo”.
O próximo “Abra Talks” acontecerá no dia 7/04, pela plataforma zoom, e abordará os assuntos: Características dos não-tecidos e aplicações no segmento de filtração, Tecnologia para o tratamento corretivo e preventivo de incrustações em águas industriais e Eficiência energética e emissões de gases na indústria automotiva.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas de forma gratuita pelo link: https://forms.gle/E7gnwWGuy5MYE5Hb8.