ExxonMobil inicia operações de perfuração no Brasil com o navio-sonda Seadrill
A ExxonMobil, iniciou a perfuração de um poço de exploração no prospecto Cutthroat, localizado na Bacia de Sergipe-Alagoas, no Brasil, usando um dos navios-sonda de águas ultraprofundas de propriedade da Seadrill.
A Enauta, cuja subsidiária Enauta Energia detém 30 por cento de participação em nove blocos na Bacia de Sergipe-Alagoas, informou que a perfuração do primeiro poço exploratório no Bloco SEAL-M-428, 1-EMEB-3-SES – detentor da Perspectiva cruel – já começou.
A empresa explicou que o navio-sonda West Saturn da Seadrill está executando as operações de perfuração em uma lâmina d’água de 3.093 metros. Com base na declaração da empresa, a duração estimada das operações de perfuração do poço é entre dois e quatro meses.
A Enauta também acrescentou que seus custos relacionados ao poço 1-EMEB-3-SES serão parcialmente suportados por seus parceiros ExxonMobil e Murphy Oil, de acordo com os respectivos acordos de farm-out.
A ExxonMobil é a operadora e detém 50% de participação em um consórcio com a Enauta (30%) e a Murphy Oil (20%) na Bacia de Sergipe-Alagoas.
O anúncio ocorre após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) conceder licença de cinco anos à ExxonMobil na semana passada para uma campanha de perfuração – envolvendo até 11 poços exploratórios nos blocos SEAL-M-351, SEAL-M-428, SEAL- M-430, SEALM-501, SEAL-M-503, SEAL-M-573. Esses blocos cobrem uma área de aproximadamente 4.531 km² e estão localizados em lâmina d’água entre 1.900 e 3.800 metros.
Localizada na margem continental da região nordeste do Brasil – abrangendo parte dos estados de Sergipe, Alagoas e uma pequena porção do estado de Pernambuco – a Bacia de Sergipe-Alagoas tem uma área total de cerca de 44.000 km², sendo aproximadamente 32.000 km² offshore . Até agora, mais de 2,8 bilhões de barris de óleo equivalente foram descobertos nesta bacia.
Em se tratando de desenvolvimentos recentes nessa bacia, vale destacar que a gigante brasileira Petrobras apresentou em janeiro de 2022 uma declaração de comercialidade às autoridades do país para campos localizados na bacia com planos de desenvolvê-los com unidades do tipo FPSO.
As áreas BM-SEAL-4 e BM-SEAL-4A foram adquiridas em 2000, enquanto as áreas BM-SEAL-10 e BM-SEAL-11 foram adquiridas em 2004, e a Petrobras também sugeriu os nomes dos novos campos nas declarações enviado ao regulador.