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Ministro da Energia da Rússia estima o petróleo entre US$ 50 a US$ 55 o barril em 2021

Economista formada pela UFSC. Produz conteúdo na área de mercado de capitais, finanças pessoais e atualidades.

O ministro de energia russo, Alexander Novak, acredita em uma recuperação modesta no preço do petróleo em 2021. A estimativa de Novak tem como fundamento a fraca demanda e as mudanças induzidas pela pandemia nos negócios e no comportamento humano.

“Minha previsão para 2021 é um pouco mais modesta do que a do Goldman Sachs. Prevejo a faixa de US$ 50 a US$ 55 por barril, como preço médio para o ano. Mas podemos esperar volatilidade no mercado, com altas e baixas” disse Novak à reportagem da CNBC.

O Goldman Sachs publicou na semana passada uma nota prevendo o preço do petróleo Brent a US$ 65 por barril no terceiro trimestre de 2021, no entanto, o ministro de energia da Rússia é um pouco mais cauteloso.

“A recuperação futura será muito mais lenta”, afirmou Novak, “não a tendência rápida que observamos nos primeiros meses. Principalmente devido à transformação geral e às mudanças no balanço de energia e no padrão de comportamento dos consumidores, em primeiro lugar. ”

Queda no preço do petróleo
Os preços do petróleo caíram mais de 3% na sexta-feira, 4, com o petróleo Brent sendo negociado a US$ 42,67 por barril no final do pregão de ontem.

A queda no preço é reflexo da queda na demanda doméstica de gasolina em função de uma desaceleração no crescimento do emprego nos EUA em agosto.

Além disso, a esperança de novos estímulos está diminuindo enquanto o Congresso permanece paralisado sobre a extensão da ajuda federal a indivíduos, empresas e governos estaduais e locais, atingidos pela pandemia.

“Um cenário é que a queda anual geral na demanda será de cerca de 9-10 milhões de barris por dia”, disse Novak.

“Tivemos um segundo trimestre de desempenho bastante ruim, a situação em julho e agosto melhorou um pouco, com o mercado em julho atingindo um equilíbrio geral, apesar da demanda em julho ainda estar com queda de cerca de 10 milhões de barris por dia”, disse. Mas essa queda na demanda foi “equilibrada” pelo cortes históricos de produção desde maio por uma aliança de países da Opep e não-Opep, acrescentou o ministro russo.

“Se esse equilíbrio se mantiver, se a tendência continuar, podemos falar de uma recuperação gradual e da redução das reservas que se acumularam durante o segundo trimestre de ‘crise’ de 2020.”

CNBC

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