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OTC 2022: Petrobras reduziu a intensidade das emissões de CO2 por barril produzido em cerca de 50% entre 2009 e 2021

Companhia investe em plataformas offshore totalmente eletrificadas e desenvolve tecnologia inédita para reduzir emissões

A Petrobras conseguiu reduzir em cerca de 50% a intensidade de emissões de gases de efeito estufa por barril de petróleo produzido no período de 2009 a 2021 – como efeito da aplicação de  tecnologias inovadoras de baixo carbono. Para intensificar esse movimento, além das soluções já incorporadas aos novos projetos de unidades offshore, a companhia está desenvolvendo um novo modelo de plataformas eletrificadas – conhecidas como All Eletric – equipadas para utilizar menos combustível na geração de energia a bordo da unidade. O novo sistema reduz em até 20% o volume de emissões de gases de efeito estufa em comparação à plataforma tradicional.  A empresa está testando também uma tecnologia inédita  – o chamado HISEP® – que reduzirá emissões em campos do pré-sal, ampliando sua eficiência.

Esses foram alguns dos destaques das palestras dos diretores da Petrobras João Henrique Rittershaussen (Desenvolvimento da Produção) e Rafael Chaves (Relacionamento Institucional e Sustentabilidade) apresentadas, em 3/05, na Offshore Technology Conference (OTC) 2022, principal congresso da indústria mundial de petróleo e gás offshore, em Houston (EUA). Ambos reforçaram o compromisso da Petrobras com a transição global para uma economia de baixo carbono – com ênfase sobre os resultados obtidos até o momento, a aplicação de tecnologias para redução de emissões, além dos projetos futuros nesse segmento.

Projetos com resiliência ambiental e econômica

No painel “Shifting to a low carbon offshore industry”, que contou com a moderação da gerente executiva de Mudança Climática da companhia, Viviana Coelho, o diretor Rittershaussen destacou os pilares da estratégia de baixo carbono da Petrobras. “Priorizamos projetos com dupla resiliência, econômica e ambiental, buscando uma operação com baixo custo e baixo carbono para manter nossa competitividade. Este pilar é a base atual do nosso negócio” explicou.

O diretor apresentou também um conjunto de soluções já incorporadas aos novos projetos de plataforma que contribui para a redução das emissões, além de ressaltar o desenvolvimento de uma nova geração de plataformas: “A utilização do conceito all electric vai trazer maior eficiência operacional, além de simplificação da configuração da plataforma e redução de emissões. Nossa expectativa é desenvolver uma nova geração de unidades marítimas com produção mais sustentável. A trajetória de descarbonização envolve trabalhar com soluções desafiadoras, tanto do ponto de vista econômico quanto tecnológico”, destacou Rittershaussen.

Outro destaque foram os resultados expressivos do Programa de Captura, Uso e Armazenamento geológico de CO2 (Carbon Capture, Utilization and Storage – CCUS) para campos do pré-sal. “Pioneiro em águas ultraprofundas, o programa se tornou o maior do mundo em volume reinjetado em 2020. Em 2021 houve a reinjeção de 8,7 milhões de toneladas de CO2”, concluiu.

Nova tecnologia para reduzir emissões

O diretor Chaves participou do painel “Accelerating the Energy Transition: Highlighting Developments in Brazil and Argentina”, em que ressaltou a relevância do petróleo e gás de baixo carbono para a redução de emissões, no contexto brasileiro de alta presença de renováveis na matriz energética.

“Atualmente estamos trabalhando no desenvolvimento de novas soluções de captura de CO2  e a tecnologia conhecida como HISEP® é um caso exemplar: com ela, o gás rico em CO2 que sai do reservatório é separado do óleo e parte dele é reinjetado, por meio de um sistema instalado no fundo do mar. Dessa forma, evitamos que esse gás seja processado a bordo da plataforma, reduzindo a emissão de CO2”, disse ele. “Essa inovação é patente nossa e representa um passo importante no avanço tecnológico em baixo carbono”, complementou.

O diretor ressaltou ainda a ambição da Petrobras de atingir a neutralidade de emissões nas atividades sob seu controle, em prazo compatível com o estabelecido pelo Acordo de Paris. “Seguimos comprometidos com a transição para uma economia global de baixo carbono como imperativo ético e de competitividade. Avançar na descarbonização exige identificar as opções de menor custo para a sociedade e buscar tornar a energia mais acessível – elemento fundamental para a competitividade e o bem-estar social.”, concluiu ele.

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