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Projetos patrocinados pela Petrobras contribuem com a limpeza das praias atingidas pelo óleo

Os projetos atuam por iniciativa própria em articulação com órgãos públicos e a sociedade para reduzir o impacto nos locais afetados.

Além da atuação direta da companhia, projetos participantes do Programa Petrobras Socioambiental vêm atuando voluntariamente desde setembro, por iniciativa própria, junto a diferentes órgãos e à população em diversas frentes. Além das ações específicas de proteção dos animais, os projetos têm sido fundamentais tanto para limpeza e monitoramento de praias quanto para conscientizar a população. Conheça um pouco mais sobre essa atuação proativa de diferentes projetos patrocinados.

Coral Vivo

Em Abrolhos, membros do Projeto Coral Vivo foram ao mar para monitorar os recifes da região. Com o uso de um drone, foi possível identificar a presença de fragmentos de óleo e descartar a hipótese de que houvesse ali uma grande mancha de óleo.

Cientistas da rede de pesquisas Coral Vivo também vêm coletando amostras de corais para estudar quais seriam os impactos do óleo nesses animais (foto), caso atingidos, e a melhor forma de recuperá-los. Eles vêm atuando em diferentes frentes de pesquisa para avaliar a ação do óleo sobre organismos dos recifes e as possíveis ações de limpeza e recuperação. Nesse sentido, a equipe do Coral Vivo entrou em contato com pesquisadores ligados à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) que vêm desenvolvendo o biogel, um composto biodegradável para limpar de forma segura animais oleados. Leia o depoimento da coordenadora do projeto.

“Atuamos desde o início priorizando a pesquisa. Foi preciso atuar rápido, num tempo bem diferente do esperado para a ciência. Mas tivemos muita cooperação. Teve pesquisador que se prontificou a vir do Rio de Janeiro no mesmo dia em que foi acionado. Eu mesma estava de férias e cancelei para atuar no combate ao óleo. Acompanhamos com atenção a movimentação do óleo pela costa do Nordeste. Quando vimos que estava mais perto da Bahia, começamos a nos preparar, buscando aprender com as experiências mais ao norte. Conseguimos fazer planos emergenciais e temos visto melhoras. Houve impacto para pescadores, para o turismo. Até o momento, os corais não foram afetados.” – Flávia Guebert, Oceanógrafa, coordenadora do Coral Vivo – Arraial d’Ajuda (BA).

Ponta de Pirangi

O projeto socioambiental Ponta de Pirangi atua na conservação e ordenamento costeiro-marinho no litoral potiguar, com a participação ativa das comunidades litorâneas e usuários do mar. Ele vem trabalhando em articulação com projetos e instituições ligadas à conservação do litoral, incluindo as tartarugas marinhas.

A equipe do projeto vem monitorando algumas praias e compilando informações repassadas por pescadores e voluntários da região. Em Tabatinga, de onde a prefeitura retirou 15 toneladas de óleo e areia, o projeto atuou em articulação com a gestão municipal, estadual e as comunidades para a limpeza. Leia o depoimento da coordenadora do projeto.

“Atuamos em diversas frentes junto às colônias de pescas e comunidades tradicionais, com foco em três municípios do litoral potiguar. Um deles é Nísia Floresta, o mais impactado do RN, de onde já foram retiradas mais de 20 toneladas de óleo e localizado na Área de Proteção Ambiental (APA) Bonfim Guaraíras. Como participamos da Rede MangueMar, que articula a sociedade civil com comunidades de pesca e instituições de pesquisa em todo o litoral do estado, sabemos que o óleo alterou a vida de todo mundo.  A praia de Búzios, em Nísia Floresta, é um berçário natural da Tartaruga de Pente – uma das principais áreas de desova da espécie no Atlântico Sul. Na desova 2018/19 conseguimos monitorar 114 ninhos, assegurando a vida de 10 mil filhotes, e agora temos buscado informar o que fazer com os animais oleados. O combate ao óleo é difícil, mas hoje estamos mais estruturados. Como essas comunidades nem sempre têm acesso à internet, articulamos com o órgão ambiental uma capacitação específica para pescadores e distribuímos EPIs (equipamentos de proteção individual).” – Lígia Rocha, Bióloga, coordenadora do projeto Ponta de Pirangi.

Tamar

As equipes do projeto Tartaruga Marinha, o TAMAR, vêm atuando em diferentes municípios de diversos estados do Nordeste. Além de reforçarem o monitoramento para garantir que os filhotes de tartarugas eclodidos em ninhos da região não ficassem presos nas manchas de óleo, elas vêm retendo filhotes nascidos em áreas mais impactadas para liberação em locais seguros. O projeto vem repassando diariamente ao Centro TAMAR/ICMBio informações sobre as tartarugas marinhas e as praias cobertas pelo Tamar. Além disso, vem informando continuamente a sociedade e os meios de comunicação sobre a situação das praias e animais em relação ao óleo.

Baleia Jubarte

O projeto Baleia Jubarte vem trabalhando de forma articulada com o Tamar, no Litoral Norte da Bahia, apoiando entes locais, estaduais e federais e a comunidade em resposta ao óleo. A sede do projeto na Praia do Forte, em Mata de São João (BA), reuniu representantes da prefeitura do município, do TAMAR, do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e de condomínios e empreendimentos turísticos locais para uma reunião de nivelamento de informações e orientações para a limpeza das praias, remoção e correta destinação do óleo. A sede também foi o local de treinamento liderado pelo Ibama para limpeza das praias.

De Olho na Água

A equipe do projeto de Olho na Água, com atuação em Icapuí, no Ceará, onde desenvolve ações de replantio de mangue e coleta de sementes, vem monitorando o estuário da Barra Grande e da praia da Requenguela com o objetivo de verificar possíveis manchas de óleo. Esse trabalho ocorre numa área de grande importância ecológica, com uma extensão de cerca de 2 km. Técnicos do projeto também participaram da limpeza da praia de Barreiras, no dia 21 de outubro, onde foram coletados cerca de 400 kg de placas de óleo.

Viva o Peixe-Boi Marinho

O projeto Viva o Peixe-Boi Marinho vem participando de uma força tarefa de limpeza das praias em todo o litoral de Sergipe. A equipe de 10 pessoas do projeto vem colaborando com prefeituras municipais, ICMBio, voluntários e o exército. O monitoramento ocorre de maneira integrada e planejada, a partir das reuniões do “Comando Unificado”, com a participação de Ibama, ICMBio, Adema (órgão ambiental do estado do Sergipe), Marinha e Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Aracaju. Essa cooperação tem possibilitado identificar as áreas mais impactadas pelo óleo e orientar as melhores estratégias para remoção de resíduos.

Manati

O projeto Manati, que se dedica à proteção de diferentes mamíferos marinhos no estado do Ceará, vem realizando o resgate e atendimento de vários animais em seu centro de reabilitação. Além disso, técnicos do projeto e voluntários vêm monitorando as praias do estado, documentando o que é encontrado e informando às autoridades em atuação conjunta com a Secretaria de Meio Ambiente do Ceará e o Ibama.

Meros do Brasil

O projeto Meros do Brasil (PMB) tem realizado a coleta de pequenos animais nos estados de Pernambuco, Alagoas e Bahia para investigar o possível impacto à fauna. O trabalho vem ocorrendo em ambientes como recifes, estuários e praias arenosas, ecossistemas sensíveis ao óleo e vitais para centenas de espécies, seja como berçário ou como área de alimentação e descanso.

Em Alagoas, parte da equipe do projeto participou de um mutirão de limpeza de óleo no município Barra de São Miguel. O projeto vem se reunindo com entidades como o Ibama, Instituto do Meio Ambiente de Alagoas e Universidade Federal de Alagoas, no Grupo de Trabalho Óleo Sul de Alagoas. Também promoveu uma palestra no Colégio Estadual Gabino Besouro sobre o impacto do óleo e realizou um mergulho para remoção de óleo nas piscinas naturais do Pontal do Peba.

Em Pernambuco, o Meros do Brasil participou da criação de um grupo de monitoramento e risco de poluição ambiental, no município de Tamandaré. No estado, na foz do rio Formoso, o projeto vem coletando moluscos, depois encaminhados para análise na Universidade Federal do Rio Grande (FURG/RS).

Fonte: Agência Petrobras

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