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Rede Solidária de Mulheres entra em nova fase com ações que atenderão mulheres em Sergipe

Patrocinado pela Petrobras, projeto da Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai) atenderá 400 mulheres ao longo de dois anos

Voltado para ações que vão desde a qualificação profissional até estratégias de expansão da comercialização de produtos para contribuir com a autonomia e independência financeira feminina, o Rede Solidária de Mulheres de Sergipe entra em nova fase. Realizado pela Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), o projeto tem patrocínio da Petrobras (por meio do Programa Petrobras Socioambiental) com investimento de mais de R$ 2,4 milhões em dois anos de convênio. Ampliando a abrangência, nessa nova fase, cerca de 400 mulheres de sete municípios participam do projeto, que também terá a construção de unidades de beneficiamento de frutos e aprendizagem no uso de tecnologias de informação e e-commerce por meio de workshops, seminários e webnários. O primeiro webnário acontece no lançamento do projeto, dia 21/10, às 18h, e discutirá os problemas emocionais sofridos pelas mulheres na pandemia, além de boas iniciativas surgidas nos últimos meses.

“É com muito orgulho e esperança em dias melhores que retomamos a nossa organização e construção coletiva com mulheres inspiradoras que, através da cata de mangaba e com o trabalho artesanal, constroem um presente de muita luta para sustentar suas famílias e um futuro emancipador, resguardando suas culturas e modos de vida tradicionais”, afirmou Alicia Moraes, presidente da Ascamai.

As mulheres beneficiadas são dos povoados Pontal, em Indiaroba; Ribuleirinha e Manoel Dias, em Estância; Capuã, na Barra dos Coqueiros; Baixa Grande, em Pirambu; Porteiras, em Japaratuba; Santa Bárbara, Aguada e assentamentos São José e Palmeira, em Carmópolis; além da mais nova área incluída nas atividades do projeto, Divina Pastora, através das mulheres rendeiras da Casa do Artesão e da Associação para o Desenvolvimento da Renda de Divina Pastora (ASDEREN).

A Petrobras patrocina o Rede Solidária de Mulheres de Sergipe desde 2018, mas a instituição já teve dois projetos anteriores, aprovados pela Companhia e realizados entre 2010 e 2015, de iniciativas voltadas para as catadoras de mangaba. Segundo a gerente de Projeto Sociais da Petrobras, Marcela Levigard, a companhia investe em programas que refletem o compromisso da empresa, que é também o de ajudar a transformar a sociedade como um todo. “Para nós é extremamente relevante nesse momento do país investirmos em projetos como esse, com foco na geração de renda, ingresso na economia e autonomia financeira das mulheres. O fato de serem integrantes de uma comunidade tradicional de catadoras de mangabas e trabalharem com as possibilidades comerciais desse fruto e com o resgate do artesanato tradicional da região, valorizam ainda mais essa nossa parceria”, reforça, Marcela.

A parceria é celebrada também pela Ascamai: “Para nós, é motivo de orgulho e de grande expectativa trabalhar com as mulheres guerreiras de Divina Pastora, que fizeram da renda irlandesa o nosso patrimônio cultural imaterial brasileiro. Um trabalho e uma arte singular do nosso estado, reconhecido desde 2008 pelo IPHAN”, disse Mirsa Barreto, coordenadora do projeto.

Para Mirsa também será motivo de muita alegria reencontrar as mulheres catadoras de mangaba e as mulheres de Carmópolis que, desde 2018, vêm atuando no projeto, através do beneficiamento de frutos de quintais e outros produtos artesanais. “Retomar as ações do projeto, depois de enfrentar o maior desafio da história recente de nossa humanidade, é uma felicidade que não cabe em nós. Estamos fazendo tudo com muito cuidado para garantir a segurança de todas”, afirmou.

A coordenadora explica ainda que o projeto será desenvolvido com a participação direta das mulheres das comunidades envolvidas, através de uma metodologia participativa e a partir de um estudo da realidade e das condições de vida dos grupos. “Ao longo dos próximos dois anos esperamos construir uma realidade de mulheres que consigam atuar melhor no processamento de frutas e confecções artesanais, que elas estejam aptas para desempenharem atividades de empreendedorismo social e organizadas de maneira coletiva em redes, com vistas as novas oportunidades de trabalho”, explicou Mirsa.

AÇÕES

O Rede Solidária de Mulheres de Sergipe se propõe a realizar ações que envolvem a qualificação profissional dos processos e produtos desenvolvidos artesanalmente, com a construção de duas Unidades de Beneficiamento dos Frutos; novas linhas de produtos diet, light e sem glúten; expansão da comercialização com a criação do site de vendas online, o E-commerce; além de formações, através de oficinas, webnários, workshop, seminários organizativos, educativos e ações de conscientização e combate à desigualdade racial e de gênero, e à violência contra as mulheres.

Tudo isso será realizado observando as demandas de cada comunidade. “Nossa proposta é fortalecer as mulheres de maneira coletiva, contribuir para a retirada de suas famílias envolvidas da condição de vulnerabilidade e contribuir também para o distanciamento de uma realidade onde essas mulheres encontram dificuldade de acesso às políticas públicas que lhes possibilitem igualdade de gênero e racial no local de trabalho e em suas vidas”, comentou Alicia, presidente da Ascamai.

Importante destacar que todos os processos do Projeto estão alinhados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável referentes à Educação e Igualdade de Gênero e as demandas da Agenda 21 de Carmópolis, das comunidades tradicionais das Catadoras de Mangaba de Sergipe e das Rendeiras de Divina Pastora. Aplicando de forma prática as diretrizes capazes de desenvolver e emancipar mulheres através do seu trabalho.

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