Repsol Sinopec Brasil apresenta parceiro tecnológico em projeto pioneiro de captura de carbono atmosférico
Parceria permite avançar na implementação do DAC.SI (Direct Air Capture System Integration), primeiro projeto da América Latina de inovação aberta para remoção de CO2 atmosférico
Em evento realizado no início do mês em Porto Alegre (RS), representantes da Repsol Sinopec Brasil (RSB), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e da startup alemã DACMa GmbH assinaram um Acordo de Desenvolvimento Comum (Joint Development Agreement, ou JDA) para realização do projeto de pesquisa e desenvolvimento DAC.SI. Pioneiro na América Latina, o projeto propõe desenvolver a tecnologia Direct Air Capture (DAC) para a remoção de CO2 do ar e avaliar opções para seu armazenamento geológico, com objetivo de abater as emissões já realizadas.
Estiveram presentes o diretor de Tecnologia para E&P da Repsol, Federico Giannangeli, o gerente de Pesquisa e Tecnologia da Repsol Sinopec, José Salinero, o diretor do Instituto de Petróleo e Recursos Naturais da PUCRS (IPR) Felipe Dalla Vecchia e Jörg Spitzner, CEO da DACMa GmbH.
A iniciativa faz parte do programa de pesquisa que a Repsol Sinopec está consolidando com foco em tecnologias para gestão do carbono, e está alinhada ao objetivo global do Grupo Repsol para atingir zero emissões líquidas em todas as suas atividades até 2050. Para atingir esta meta, a companhia definiu um roteiro de descarbonização ambicioso no qual considera o desenvolvimento de novas tecnologias de CCUS – sigla em inglês para Captura, Uso e Armazenamento de Carbono -, e NET – sigla em inglês para Tecnologias de Emissões Negativas.
“Esta iniciativa reforça a trajetória de pioneirismo da RSB em diversos segmentos. Através dela, poderemos alçar um novo patamar de soluções voltadas para a gestão de carbono, e que contribuam cada vez mais com nosso objetivo estratégico”, afirma José Salinero.
Equipamento alimentado por energia solar
A primeira fase do projeto prevê a implementação de uma planta DAC experimental, formada por um equipamento com capacidade de absorção de 300 toneladas de dióxido de carbono por ano e alimentada por painéis de energia solar. Além disto, serão realizados estudos para identificação de locais ideais no Brasil para armazenamento do CO2 em rochas basálticas.
A primeira fase do projeto prevê a implementação de uma planta DAC experimental, formada por um equipamento com capacidade de absorção de 300 toneladas de dióxido de carbono por ano e alimentada por painéis de energia solar. Além disto, serão realizados estudos para identificação de locais ideais no Brasil para armazenamento do CO2 em rochas basálticas.
A tecnologia DAC combinada com a mineralização de basalto pode representar uma alternativa tecnológica de grande potencial para remoção e armazenamento de carbono atmosférico. O Brasil foi escolhido como primeiro país para receber o projeto em virtude do potencial de sua geografia privilegiada, com a presença de antigas formações basálticas ao longo de grande parte do território nacional.
Entendendo que a gestão de carbono requer uma abordagem multidisciplinar, o DAC.SI inaugura um conceito de inovação aberta, que reúne indústria, centros de pesquisa e universidades para garantir a excelência tecnológica capaz de viabilizar a implantação desta tecnologia em grande escala.
“As soluções tecnológicas mais eficientes são, por vezes, fruto do aprendizado obtido com a análise dos processos naturais, como acontece nas florestas, que são uma fonte de inspiração para o desenvolvimento de novas tecnologias para captar o CO2 da atmosfera e fixá-lo. O Brasil oferece o ecossistema perfeito para a coexistência entre natureza e tecnologia, e tem potencial para oferecer um caminho de descarbonização massiva em escala global”, ressalta Federico Giannangeli.
“Os engenheiros podem plantar árvores, mas também construir máquinas. Nós da DACMa temos muito orgulho de poder contribuir da Alemanha com nossa tecnologia para tornar realidade este projeto pioneiro na América Latina. É um grande prazer para nós estabelecer esta aliança com a RSB e com a PUCRS para avançar na transição para um futuro climático neutro”, complementa Jörg Spitzner.