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Segurança e soberania energética são destaques do Diálogos Petrobras com o Poder Público

A segurança e a soberania energética nacional ganharam destaque na terceira edição do Diálogos Petrobras com o Poder Público. O evento aconteceu nesta quinta-feira (22), no auditório do Edibra, em Brasília, e contou com a presença de representantes das embaixadas da Argentina, Bolívia, Colômbia, Uruguai, Suriname, Cuba e Noruega. O Diálogos Petrobras é uma iniciativa com propósito de compartilhar conhecimento sobre diversos assuntos de interesse nacional.

Na abertura, o gerente-executivo de Relações Institucionais da Companhia, João Paulo Madruga, reforçou a importância do debate e citou as novas diretrizes da empresa e o trabalho direcionado para seis novos elementos para o Plano Estratégico 2024-2028. “A sustentabilidade é a mais importante de todos eles. Aproveito para agradecer o debate enriquecedor nessa manhã e informar que daremos seguimento à construção desse ambiente saudável e próspero para todos nós”, concluiu.

Diante das perspectivas da transição energética e seus impactos, Rafael Leone, gerente de Parcerias Estratégicas e Inteligência Competitiva da Petrobras, afirmou que as decisões tomadas pela empresa devem influenciar o cenário que encontraremos em 2050. “O futuro é incerto, porém algumas tendências estão se consolidando e temos que nos atentar a elas. As primeiras questões são a mudança climática e a transição energética no centro da agenda política internacional, seguidas pelo aumento da eficiência energética e eletrificação do transporte rodoviário”, explicou.

Em seguida, Leone abordou os compromissos ‘net zero’ (promessa de neutralidade das emissões de gases de efeito estufa) de 148 países e a importância da materialização das respostas políticas dessas nações diante do tema. Para ele, o trilema energético (segurança, sustentabilidade e acessibilidade) também é fundamental para uma transição energética justa. “Cada vez mais, crescimento econômico e consumo de energia estão se desassociando e tudo isso transformará a matriz energética mundial de forma significativa”, completou. Outros assuntos como a ampliação nos investimentos em baixo Carbono e a demanda por petróleo em cenários futuros também foram debatidos. “Por isso, a busca pela recomposição de reservas é peça chave na estratégia da Petrobras”, finalizou.

Já a coordenadora técnica de projetos exploratórios da Margem Equatorial brasileira, Mayara Martins Aquino, abordou a demanda de produção de petróleo e gás nos cenários alinhados ao Acordo de Paris, contextos viáveis para uma transição energética segura e soberana. “Reforçamos que a Petrobras, onde quer que atue, sempre pode e promove a proteção do meio ambiente e trabalha para causar impacto positivo à sociedade, em linha com seu valor primordial de respeito à vida, às pessoas e ao meio ambiente”, afirmou Mayara.

O Brasil como potência energética na nova geoeconomia global

No último ciclo de palestras, o professor Guilherme Casarões, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, destacou os desafios e estratégias do Brasil no contexto geoeconômico mundial. “Podemos perceber uma influência cada vez maior da economia na maneira como os países se relacionam com base nos seus poderes nacionais. Vivemos um momento de desglobalização com o crescimento do nacionalismo e o acirramento de disputas comerciais e tecnológicas. Isso gera uma profunda instabilidade das cadeias globais de valor”, argumentou Casarões.

Para ele, as principais estratégias do Brasil para enfrentar esse cenário são alinhar as potencialidades como: matriz energética limpa associada à exploração sustentável; autossuficiência energética e segurança marítima; agronegócio, indústria e infraestrutura.

“O sucesso do Brasil como potência geoeconômica dependerá da articulação entre as dimensões agroalimentar, ambiental e energética, e a Petrobras é peça-chave da garantia de segurança energética sustentável para o futuro”, finalizou.

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