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Shell, Total e BP desenvolvem projetos de energia renovável

Devido à pressão dos governos, empresas de exploração de petróleo estão se tornando grandes companhias também de fontes limpas

Grandes multinacionais petrolíferas europeias, como Shell, Total e BP, estão entrando em outros segmentos, muito por conta da pressão de governos e investidores que estão direcionando os investimentos para a produção de energia limpa – existe a perspectiva de crescimento exponencial dos negócios relacionados à energia elétrica renovável, tais como: solar, eólica e hidrogênio e acredita-se em crescimento de cerca de 25% ou mais ao longo da próxima década. Outra situação e também porque estão deixando de lado os projetos de perfurar novos poços.

 

A Shell anunciou investimentos em fazendas eólicas na Holanda e postergou novos campos no Golfo do México e no Mar do Norte, a Total fez vários investimentos em energia solar na Espanha e juntamente com Shell e BP estão expandindo o negócio de carga de veículos elétricos. A BP prometeu não desenvolver novos campos de exploração em novos países que a empresa não tenha operação. Já a BP aumentará 10x os investimentos em energia renovável na próxima década para US$ 5 bilhões por ano.

Já do outro lado do Atlântico, o cenário se mostra de forma diferente. As gigantes americanas Exxon Mobil e Chevron mostram-se mais tímidas em seus compromissos para adequação às mudanças climáticas, até porque as pressões governamentais e dos investidores são menores sobre as petrolíferas americanas. Essa diferenciação é algo bastante incomum entre as empresas de petróleo e gás, e pode representar posicionamentos competitivos bastante distintos no futuro. De um lado, as empresas americanas sustentam o modelo tradicional, por outro lado, as empresas europeias se transformando em grandes empresas elétricas.

De fato, as empresas de petróleo e gás dispõem de recursos preciosos em suas folhas de pagamento. Milhares de engenheiros capacitados podem tornar possível a visão de uma nova indústria de energia elétrica limpa em escala. A imensa rede de postos pode ser transformada em provedores de recarga de veículos elétricos. Além das mesas de comercialização que tipicamente compram e protegem os preços futuros de energia podem migrar para fornecer suprimento de energia de baixo carbono para cidades e grandes consumidores.

Não é de hoje que esse movimento vem acontecendo. Em 2016, a italiana ENI divulgou um investimento de 1 bilhão de euros ao longo de três anos em projetos de pesquisa e desenvolvimento, enquanto Shell, BP e Statoil estavam apostando em energia eólica. A americana ExxonMobil era a ovelha negra do grupo, enquanto seu compatriota Chevron se afastava agora da energia geotérmica e apostava pelos biocarbonetos.

Essas tendências começaram “antes da queda de preços no verão de 2014 e continuarão se os preços se recuperarem”. As grandes petroleiras querem subir no bonde desses desenvolvimentos energéticos para se preparar para o futuro, em vez de deixá-los passar. Os acionistas, entre eles grandes fundos de investimentos, vigiam observam de perto os movimentos no setor, diante dos riscos financeiros potenciais do Acordo de Paris.

No entanto, as petroleiras não renunciaram, contudo, à sua maior fonte de receitas: os hidrocarbonetos fósseis ainda têm muito futuro pela frente, em particular no setor de transportes. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), o consumo de petróleo e de gás aumentará até 2040.

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