SLB destaca benefícios das operações remotas em palestra no Macaé Offshore Innovation
Gerente de TI Brasil da SLB, Eliel Rocha ressaltou o papel da tecnologia na produtividade e sustentabilidade do setor e falou sobre os desafios da conectividade no pré-sal.
Operação de bombas submarinas, monitoramento de reservatórios, perfilagem em tempo real, perfuração de poço direcional, gerenciamento de dados e análises. Todas estas atividades já são executadas de forma remota pela SLB, graças ao avanço da tecnologia e da digitalização no setor de óleo e gás. O gerente de TI Brasil da SLB, Eliel Rocha, falou sobre o assunto no Macaé Offshore Innovation, evento que reuniu empresários, gestores e startups em Macaé (RJ), no início do mês, e teve como tema a “Infraestrutura de Tecnologia no O&G”.
“Antes utilizada apenas para acessar a internet a bordo, hoje a conectividade desempenha um papel fundamental no offshore, quase o negócio principal. As operações realizadas de forma remota trazem inúmeros benefícios, como o aumento da produtividade e sustentabilidade. Reduzindo a logística, diminuímos também as emissões de carbono, contribuindo com a questão ambiental”, destacou Eliel.
Para dar uma dimensão de como a digitalização mudou toda a dinâmica da operação no campo, Eliel destacou o papel do engenheiro de operações remotas, que, hoje, atua no poço fazendo todo o trabalho que antes era feito por engenheiros que precisavam ficar a bordo esperando uma operação iniciar. “Agora, este engenheiro é acionado somente quando a operação realmente vai começar, e fazendo tudo remotamente, descendo e subindo as ferramentas do poço”, explicou.
De acordo com o gerente, as operações remotas permitem ainda trabalhar com talentos que estão em outros países, aumentando a eficiência e diminuindo custos ao reduzir o número de pessoas na plataforma. “A segurança é outro aspecto que ganha força com o monitoramento remoto. Precisamos estar muito atentos para que não haja nem uma gota de vazamento de óleo no mar, e, com uma tecnologia de ponta, conseguimos um grau maior de assertividade”, comentou.
Para o diretor geral da SLB, Bruno Alves, performance e tecnologia fazem parte dos valores da SLB, junto de pessoas, por isso, a importância da participação da empresa no evento. “Além de estreitarmos relacionamento com as empresas locais, temos a oportunidade de apresentar nossa expertise e de compartilhar conhecimento sobre um assunto tão importante para o futuro da indústria de óleo e gás. Certamente, a tecnologia será um fator de alavancagem para as metas que ambicionamos, ao proporcionar operações mais eficientes, com redução de custos, maior segurança e menos emissões de carbono. O Net Zero que a SLB pretende atingir até 2050 vai depender muito da evolução das tecnologias de digitalização das operações e uso de inteligência artificial”, comentou.
Desafios para o futuro
Para o gerente da SLB, o maior desafio está na digitalização das operações do pré-sal, que atualmente conta somente com o satélite como meio de conexão. “Para atuar em águas profundas precisamos de respostas rápidas, com menos de um segundo de latência (tempo de resposta de um pacote de dados). Neste sentido, a SLB conta com uma área exclusiva para o desenvolvimento de tecnologias digitais, o INNOVATION FACTORI. Estamos desenvolvendo um projeto de digital twins, que é como espelhar a unidade marítima dentro do escritório. Todo o comando será feito por ali”, argumentou.
Segundo Eliel, a tecnologia de digital twin em tempo real vai proporcionar o monitoramento remoto das operações do FPSO, permitindo a detecção precoce de falhas e manutenção preditiva. Desta forma, tem-se um ganho de eficiência e segurança das operações, o que gera redução de custos e aumento da vida útil das operações.
Outra meta que está sendo perseguida é a do uso de inteligência artificial para flares (queima controlada de resíduos), o que vai reduzir o desperdício de gás e minimizar o impacto causado pelas queimas. “Com o monitoramento em tempo real, temos um controle maior na detecção de vazamentos e falhas, com ganhos operacionais e ambientais”, concluiu.
Sobre o evento
Organizado pela HDI – Habitat da Inovação, o Macaé Offshore Innovation foi realizado pelo segundo ano consecutivo, reunindo empresários, gestores das empresas que atuam no setor (operadores, EPCistas, grandes e pequenos fornecedores de bens e serviços) e startups que debateram a Infraestrutura de Tecnologia no O&G.
A novidade deste ano foi a parceria com a FIRJAN para o lançamento da 8ª edição do Anuário do Petróleo no Rio 2023, apresentando a publicação que traz uma visão panorâmica sobre os macrotemas de Exploração, Produção, Abastecimento e Reflexos Socioeconômicos do mercado de Petróleo e Gás no Rio de Janeiro.
Sobre a SLB
Há mais de 75 anos no Brasil, a SLB é uma empresa global de tecnologia que impulsiona a inovação energética para um planeta equilibrado. Com presença global em mais de 100 países e funcionários representando quase o dobro de nacionalidades, trabalhamos todos os dias para descarbonizar petróleo e gás e desenvolver novas tecnologias de energia escaláveis para acelerar a transição energética. Saiba mais no site da SLB.
Sobre o palestrante
Pós-graduado em Engenharia de Petróleo pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, graduado em Engenharia Industrial pela Universidade Salgado de Oliveira e, também, em Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, Eliel Rocha ingressou na SLB em 2001. Atualmente, ocupa o cargo de Gerente de TI Brasil na companhia. Nessa posição, ele lidera as operações de TI, fornecendo suporte para 4000 funcionários, sendo responsável por áreas como suporte a usuários, aplicativos de negócios, servidores de infraestrutura, segurança da informação, conectividade e suporte a operações remotas.