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UBE expande produção de membranas para a separação de gases

Os investimentos serão feitos em 02 unidades no Japão e permitirão praticamente dobrar a produção de filamentos de poliimida, usados em membranas, já em 2025.

A UBE, um dos principais players globais de membranas para a separação de gases, anunciou, no final de janeiro, que expandirá sua capacidade de produção de filamentos de poliimida usados nestas membranas. A expansão acontecerá na Ube Chemical Factory e no módulo de membranas para separação de gás da fábrica Sakai, ambas no Japão. As duas expansões deverão estar concluídas na primeira metade do ano fiscal de 2025 e representarão um aumento de 1,8 vez a capacidade atual.

“Este aumento já era esperado frente ao rápido crescimento da demanda global de membranas para a separação de CO2. E neste cenário, o Brasil tem uma representatividade importante, especialmente após o lançamento do Programa Metano Zero em 2022”, comenta Carlos Catarozzo, Diretor da UBE América Latina.

O negócio de membranas para separação de gases da UBE oferece soluções para diversas aplicações, incluindo membranas para a separação de hidrogênio, membranas para desumidificação, membranas para a separação de nitrogênio e CO2, e membranas para a desidratação de solventes orgânicos. Todas elas são produzidas com a poliimida da UBE e têm como principal vantagem a alta durabilidade.

Um mercado em constante evolução

Nos últimos anos, a demanda por membranas para separação de CO2, usadas para remover o dióxido de carbono e outros gases do biogás e extrair o biometano como combustível, cresceu muito, especialmente na Europa e na América do Norte, alavancada pelo uso de energias renováveis. A expectativa de que o mercado global mantenha este nível de expansão justifica o investimento da UBE na otimização de seu sistema de produção com a expansão das fábricas e com o aumento da capacidade das plantas existentes.

“O Brasil também tem um importante papel neste crescimento por seu potencial de produção de biogás a partir de resíduos devido à sua extensa produtividade agroindustrial aliada ao tamanho da população. Além disso, o biogás possui inúmeras vantagens como matriz energética, especialmente quando comparado a outras fontes limpas e renováveis de energia. E como ele se origina do tratamento de resíduos e efluentes orgânicos, seu aproveitamento fomenta investimentos na correta destinação de resíduos urbanos e na agropecuária, constituindo um grande aliado do saneamento ambiental”, completa Carlos Catarozzo.

Segundo Carlos, as inovadoras membranas para a separação de gases da UBE permitem um upgrade do biogás para o biometano, considerado uma energia verde. “A ideia é que estas tecnologias de última geração apoiem a indústria e os clientes brasileiros no processo de separação de gases e possibilitem atingir as metas definidas pelo Governo Brasileiro no Programa Metano Zero que propõe o tratamento do lixo orgânico, da cidade e do campo (resíduos de aves, suínos, cana, laticínios e aterro sanitário), transformando-o em biogás.”

A contribuição da UBE está justamente na oferta de tecnologias inovadoras em membranas para a separação de gases que acelerem e otimizem a implantação do Programa. As membranas desenvolvidas pela empresa garantem eficiência e segurança no upgrade do biogás para o biometano, resultando em um combustível que atende às normas estabelecidas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), é mais versátil que os outros energéticos e que pode ser aplicado de forma complementar ao gás natural e ao diesel.

“Dentre as principais vantagens do uso da tecnologia de membranas frente a outras tecnologias para o processo de upgrade de biogás, pode-se destacar a não utilização de insumos químicos ou água para remoção do CO2. Por sua configuração modular, a operação, manutenção e um possível scale-up da planta são muito simples”, explica Carlos Catarozzo.

Dentro de seu plano “UBE Visão 2030 Transformação – 10 Estágio”, apresentado em maio de 2022, a UBE que ser uma corporação centrada em especialidades químicas com impacto positivo global no meio ambiente e na saúde humana e que enriqueçam o futuro da sociedade. O propósito justifica os recentes investimentos. “Entendemos que as membranas para a separação de gás contribuirão para o desenvolvimento de um mundo mais sustentável a partir de produtos e negócios de cunho ambiental e energético, com tecnologia de ponta”, finaliza o Executivo.

Estima-se que em 2022 houve um crescimento de 22% no volume de biogás gerado no Brasil, impulsionado pela entrada em operação de plantas que estavam sendo implantadas ou reformadas em 2021 (56 plantas). Assim, a produção nacional pode ultrapassar os 2,8 bilhões de Nm³/ano de biogás. 

Sobre a UBE

Fundada na cidade de Ube, província de Yamaguchi, no Japão, em 1897, a UBE mantém 11 mil colaboradores em todo o mundo e um portfólio global de produtos. A UBE possui mais de 35 anos de expertise na tecnologia de membranas para separação de gases. Em 1989, a UBE forneceu os primeiros separadores de CO2 para uma planta piloto de tratamento de biogás na Alemanha.

A UBE vem aprimorando a tecnologia ao longo dos anos e suas principais vantagens são a alta resistência a H2S, podendo operar com concentrações de até 30.000ppm, sem danos ao material. A alta resistência química, térmica e mecânica da poliimida patenteada pela UBE garante uma vida útil longa. Com uma excelente permeabilidade e seletividade, o UBE CO2 Separator garante um processo compacto de baixo CAPEX e OPEX.

Todas as membranas da UBE são fabricadas no Japão e o escritório brasileiro, localizado em São Paulo, atende a toda América Latina, com ênfase a Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Equador.

Conheça mais sobre a tecnologia em:  https://ube.es/products/gas-separation-membrane/

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