Webinar Firjan: empresas de óleo e gás se reinventam para atravessar a crise
A busca por novos mercados e parceiros, além do empenho para preservar equipes e garantir sua segurança têm sido algumas das ações norteadoras no mercado de óleo e gás para atravessar a crise causada pelo novo coronavírus. Três empresas falaram sobre como estão se adaptando ao momento atual, durante o quarto evento da Websérie Óleo e Gás da Firjan, transmitido na terça-feira, 13/05. A webinar foi moderada por Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da federação.
Nesse momento crítico, a BR2W, empresa brasileira especializada em soluções de células de carga, está desenvolvendo respiradores para fortalecer a área de saúde. Para garantir a segurança do produto – que já está em fase de testes –, a BR2W fez uma joint venture com uma empresa com expertise na área médica.
“Entramos nesse novo mercado a partir de uma provocação de nossa própria equipe. Se criamos soluções para óleo e gás, por que não para a medicina também? Percebemos que esse mercado é tão exigente quanto o de petróleo e gás, pois todo equipamento precisa ser seguro e eficaz. Já trabalhávamos com sistema de controle de projetos e análise de riscos, o que nos ajudou a ganhar velocidade para desenvolver os ventiladores”, contou Pedro Luiz de Souza Pinto Filho, presidente da BR2W. Ele acrescentou que a empresa também está investindo em outros mercados, como o da geração eólica e o de mineração.
Assim como a BR2W, a SSE do Brasil, em Macaé, focada nos mercados de subsea e mangueiras de alta pressão, também está investindo em mineração e explorando outras possibilidades de atividades industriais e parcerias para atravessar a crise. Quanto às atividades habituais, o diretor da SSE Group, Barrie Lloyd, contou que a empresa está dando continuidade, dentro do possível, com grande parte da equipe em home office, respeitando os protocolos de segurança.
“Não há intenção de reduzir a equipe, até porque nossa demanda continua. Temos conseguido garantir a segurança de nosso pessoal, mantendo embarcado um pouco mais de 50% da equipe em rotação. Mas alguns serviços considerados não essenciais foram adiados. Toda crise tem início, meio e fim; e espero que estejamos nos encaminhando para um desfecho em breve”, argumentou.
Ricardo Chagas, diretor da Edison Chouest Offshore América Latina, especializada na construção e operação de embarcações, por sua vez, relatou que a empresa tem conquistado novos contratos. Apesar da crise, a empresa localizada no Porto do Açu está com vagas abertas para contratação de pessoal. “Com sucesso, temos segurado nossos funcionários, que são nosso maior ativo. Estamos na contramão da crise, tentando tirar proveito dela. A grata surpresa foi que, mesmo nesse cenário de pandemia, conquistamos cinco novos contratos nas áreas de embarcação e logística”, destacou.